Tricolores fizeram bom número no Estádio Nilton Santos e deram incentivo ao time mesmo no momento de queda técnica e na falha do goleiro
Noites de Libertadores tem sido mágicas para o Fluminense na oitava participação na história do torneio. Depois de uma festa de arrepiar em São Januário contra o Millonarios (COL), a torcida voltou a lotar o estádio, desta vez no Nilton Santos, e empurrou o time na vitória por 3 a 1 sobre o Olímpia, do Paraguai, pela ida da terceira fase da competição continental. E mesmo quando parecia que tudo poderia se complicar, foi no grito do tricolor que o time reencontrou as forças.
Foram mais de 31 mil ingressos vendidos para o jogo que iniciou a decisão por uma vaga na fase de grupos da Liberta, um dos grandes primeiros objetivos do Flu na temporada. Do lado de fora, expectativa, muito movimento e apoio. Dentro do estádio, o clima era igual. Uma festa intensa de quem sabia que precisaria carregar o time para um bom resultado dentro de casa. O Flu decide o confronto na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), em Assunção (PAR).
O gol de Germán Cano aos 10 minutos ajudou a empolgar ainda mais, mas foi na adversidade que os tricolores mostraram como seriam e são importantes para uma equipe que soma 12 vitórias consecutivas. Após a bizarra falha de Fábio, como o próprio Abel Braga definiu, imediatamente os torcedores começaram a cantar o nome do goleiro. Um dos mais celebrados entre as contratações, o jogador ganhou novamente confiança e fez pelo menos duas defesas muito importantes no restante da partida.
– Isso foi o maior doping de incentivo que poderíamos ter. Não foi uma falha que a bola bateu no gramado, enganou, não, a verdade é que foi bizarra. E naquele momento acho que a torcida vendo a atitude dos jogadores comprou a ideia, incentivou fortemente e a equipe aos poucos foi reagindo. (…) Ganhamos hoje e vamos colocar no coração a determinação que o torcedor sentiu no momento que sofremos o gol. A equipe começou a respirar mais, transpirar mais. É assim que temos que jogar, precisamos duelar, a Libertadores é um duelo – disse Abel.
O Fluminense não fez um bom primeiro tempo, mas melhorou no segundo especialmente pelo gol de Luiz Henrique logo nos minutos iniciais, que deram mais confiança ao grupo. E não são só os jogadores que estão em lua de mel com os torcedores, o técnico Abel Braga também vive ótima fase. Depois da desconfiança inicial, ele foi ovacionado quando entrou no campo e aplaudido em outras oportunidades. Para quem foi chamado de burro no primeiro jogo da temporada, a mudança na relação foi drástica.
Se não vai poder contar com esse apoio no jogo de volta, o Fluminense com certeza se aproveitou da energia da torcida para sair com uma boa vantagem. Mesmo com uma ótima campanha na temporada, o grupo já mostrou que o ritmo da arquibancada ajuda a embalar e essa sintonia pode ser importante para a sequência de um ano que promete ser complicado e cheio de emoções.
Os tricolores terão vantagem no Paraguai e podem até perder por um gol de diferença para sair com a vaga na fase de grupos. Uma derrota por dois gols levará a disputa para os pênaltis. Vale lembrar que não há mais o gol fora de casa como critério de desempate.
O próximo encontro entre as equipes é na quarta-feira, dia 16, no Defensores Del Chaco, em Assunção, no Paraguai. A partida será novamente às 21h30 (de Brasília). Vale vaga na fase de grupos da competição continental e o Flu pode perder por até um gol de diferença. Antes disso, o Tricolor faz o último jogo da Taça Guanabara, da qual já é campeão, no sábado, contra o Boavista, às 16h.
Fonte: Lance