Gabrieli Batistella, de 28 anos, foi morta enquanto fazia bolachas na casa da avó, em Santa Catarina
Uma enfermeira de 29 anos foi assassinada com uma facada na tarde da última quarta-feira (18) no local chamado de Fazenda Caldato, no interior da cidade de Campo Erê, no Oeste de Santa Catarina. Uma adolescente foi apreendida pelo crime.
De acordo com informações da Polícia Civil, divulgadas pelo portal g1, a jovem de 16 anos acertou a vítima, identificada como Gabrieli Regina Batistella, com um golpe no peito.
Visita à avó
Gabrieli vivia em Palma Sola e havia ido a Campo Erê, cidade vizinha, visitar a avó. Familiares da vítima e a mãe da adolescente estavam reunidas na casa da idosa, que fica em frente à residência da suspeita, desde as primeiras horas do dia.
Segundo relatos, o grupo estava fazendo bolachas e ingerindo bebidas alcoólicas. Até que por volta das 16h30, uma das irmãs mais novas da suspeita foi até a casa da avó da enfermeira chamar a mãe.
Não foi esclarecido o motivo, mas a adolescente pegou uma faca na própria residência, atravessou a rua e também foi à casa da avó de Gabrieli.
Uma discussão entre a adolescente e a enfermeira teve início. Uma tia de Gabrieli conseguiu salvá-la de uma primeira tentativa de facada, mas o segundo golpe atingiu o peito da vítima.
Morte e prisão
A mulher chegou a ser socorrida por populares e levada ao hospital, durante o trajeto ela foi transferida para a ambulância onde passou por procedimento de reanimação com desfibrilador e ventilação assistida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no caminho.
Já a adolescente foi apreendida em flagrante na noite de quarta-feira (18) por conduta análoga ao crime de homicídio. Ela permanecerá em internação provisória por 45 dias no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Chapecó.
Segundo a Polícia Civil, a suspeita matou a enfermeira por motivo fútil e de forma que dificultou a defesa da vítima. O processo tramita em segredo de justiça.
Quem era a enfermeira assassinada
Formada em enfermagem pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) em 2021, a jovem trabalhava em um hospital de Palma Sola, onde morava com a família. Ela não tinha filhos.
Na profissão, segundo a amiga, o jeito cuidadoso de Gabrieli se destacava.
“Gostava muito de ajudar o próximo, cuidar das pessoas, assim como eu. Por isso, escolhemos essa profissão. […] Ela era cheia de vida, tinha uma vida inteira pela frente, estava apenas começando a carreira profissional”, relata.
Descrita pelos amigos como uma pessoa que gostava de traçar planos e estar junto à família. A vítima, Gabrieli, também sonhava em ser aprovada em um concurso público.
“Estava se dedicando, estudando para isso”, relata a amiga e enfermeira Jessica Schutz, que também afirmou que Gabrieli buscava estabilidade financeira e profissional. Elas estudaram juntas na graduação.
A amiga Lia Padilha contou nas redes sociais que Gabrieli Batistella também pescava e acampava.
“Vou lembrar de todas as nossas aventuras juntas, nossas pescarias, nossos acampamentos. Quanta coisa a gente passou juntas, sentirei muita saudade. Sempre foi muito mais que uma amiga. Era luz onde passava”, escreveu a amiga.
Amigas lamentam morte
A morte de Gabrieli gerou uma onda de manifestações nas redes sociais, lamentando a partida de uma mulher tão jovem. Veja o que disseram algumas das amigas da vítima:
“Você foi partir tão cedo, deixou meu coração em pedaços. (…) Te amarei pra sempre.”
“Ainda não consigo acreditar. A dor é inexplicável, você ter partido tão cedo, tão nova, cheia de sonhos! Descanse em paz, minha alemoa.”
“Obrigada amiga, pelos anos de amizade, risadas e por todos os momentos. A despedida é dolorosa, é inacreditável te perder assim, que Deus te receba de braços abertos!”.
Fonte: Folha Vitória