Time mostra intensidade e encara o Fluminense de igual para igual, porém falta ser letal como o adversário, que está mais pronto que o Cruz-Maltino
No primeiro grande desafio da temporada, o Vasco perdeu para o Fluminense por 2 a 0, no Maracanã. O resultado foi frustrante, mas o desempenho deixou um sentimento de esperança aos vascaínos. Apesar das limitações, o time conseguiu competir em igualdade e por alguns momentos da partida do Carioca chegou a ser superior ao Tricolor, uma equipe já formada e consolidada sob o comando de Fernando Diniz.
Na frieza dos números, o Vasco levou vantagem sobre o Fluminense. O Cruz-Maltino finalizou 19 vezes, contra 10 do Tricolor. No entanto, apenas cinco chutes acertaram o alvo. Vale destacar a grande atuação de Fábio, que realizou pelo menos três grandes defesas. Já o Fluminense foi letal e nas duas vezes em que acertou o gol, a bola balançou a rede. Essa é uma das diferenças de um time formado contra uma equipe que ainda está em formação: saber matar o jogo.
– Essa é uma construção conjunta, mas o que me deixa, não satisfeito, mas feliz, e eu acho que a torcida percebeu isso, foi a atitude, o espírito. Foi uma equipe que lutou e se entregou desde o primeiro minuto. Procurou sufocar o adversário, não deu espaço, não deixou o adversário confortável. Não tenho o que reprová-los nesse sentido. Claro que precisamos ser mais eficientes, matar o jogo quando tivermos a oportunidade. A gente precisa ceder menos ainda, apesar de que cedemos muito pouco, mas eles aproveitaram. Em termos de atitude, o torcedor é ser humano e sabe que as injustiças acontecem e a gente não entende o porquê, como foi o resultado final. Acho que foi injusto – avaliou Maurício Barbieri.
O Vasco ainda precisa de ajustes, mas vai ganhando identidade e corpo como time, apesar dos desfalques importantes. Além de não contar com Figueiredo, um coringa do elenco, o Cruz-Maltino também não teve Jair. O meio-campo foi formado por Barros, Rodrigo e Galarza, que possuem 18, 20 e 21 anos. Juntos, os dois primeiros somam sete jogos pelo profissional e estrearam em clássico e no Maracanã. Já o paraguaio é mais experiente, mas também se trata de um jogador em formação.
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Mesmo na “fogueira”, os três conseguiram dar consistência e intensidade ao meio-campo do Vasco. O trio foi responsável por 10 desarmes dos 16 feitos pelo time. Rodrigo lidera o quesito com quatro roubadas de bola. O volante também teve duas interceptações, enquanto Barros fez uma. No entanto, o mesmo Rodrigo errou o passe que resultou no golaço do Cano, o segundo do Fluminense.
É inegável que os meninos do Vasco possuem qualidade, porém a inexperiência fará com que esses jogadores sofram oscilações por não estarem prontos. Essa questão evidencia que o elenco ainda carece de jogadores prontos, que possam controlar, mas também matar o jogo quando houver a oportunidade.
Com a contratação do zagueiro Capasso, o Vasco vai chegar ao 11º reforço da temporada, mas segue com posições carentes. Um primeiro volante, um meia e um ponta-esquerda são as prioridades do elenco. Os meninos precisam ser o complemento e não a solução, como foi regra nos anos anteriores do clube. Agora, com o investimento milionário por parte da 777 Partners, é obrigação que essa regra fique no passado.
– Não tenho uma resposta. A gente segue conversando sobre oportunidades e soluções para o grupo. A gente está buscando. Não consigo dar uma resposta de quando vai acontecer. O meu desejo e do Paulo é que aconteça o quanto antes. Mas tem uma série de situações. O que a gente está procurando fazer é ser muito assertivos em quem a gente está contratando – opinou Barbieri.
O Vasco não tem tempo para lamentar a derrota no clássico, já que na próxima quinta-feira terá outro confronto de peso pela frente. O Cruz-Maltino enfrenta o Botafogo, no Maracanã, em jogo adiado da 3ª rodada do Estadual. Em caso de derrota, o Vasco pode se complicar na luta por uma vaga na próxima fase. O time soma 11 pontos, dois a menos que Volta Redonda, o 4º colocado.
Fonte: Lance
