Queda de rendimento em apenas uma semana na Taça Guanabara sinaliza onde tricolores precisam ser mais meticulosos para estarem prontos na Libertadores
Há uma semana, o Fluminense entrava em campo como vice-líder da Taça Guanabara (primeira fase do Carioca) e com chances claras de desbancar o Flamengo da ponta da competição. Uma semana depois, a equipe sai de campo com apenas um ponto em seis disputados e marcada por sequências de erros.
Por mais que o Tricolor das Laranjeiras tenha dominado as ações contra Boavista, em momentos do clássico diante do Botafogo e na quinta-feira passada (2), na derrota por 1 a 0 para o Volta Redonda, problemas com a pontaria continuaram a trazer dores de cabeça para os comandados por Fernando Diniz.
Jogadores como Paulo Henrique Ganso e Arias tiveram alguns momentos de inspiração no passe (o colombiano voltou a ser perigoso no Raulino de Oliveira ao arriscar lances de bola aérea nos quais Manoel ameaçou a meta adversária). Porém, a dupla, que foi essencial para a grande campanha tricolor no ano passado, ainda ressente de ritmo de jogo.
Diante disso, a equipe teve momentos de lentidão e fica restrita a cruzamentos. Germán Cano participou do jogo, mas muito distante da área. Keno ainda tentou se desdobrar em investidas, mas não conseguiu achar com quem tabelar.
No meio, André teve atuação abaixo do esperado. O atleta não fortaleceu o meio tricolor e voltou a dar dores de cabeça ao ser deslocado para a zaga. Na partida em Volta Redonda, ainda se deixou levar pelo nervosismo e foi expulso de campo.
O setor defensivo também carece de retomar seu ritmo de outrora. Por mais que Manoel tenha apresentado bons momentos ao se lançar ao ataque, houve momentos de desentrosamento com Nino. O camisa 33 se atrapalhou ao tentar o bote em Luciano Naninho e permitiu um vacilo nas costas da defesa. O espaço foi essencial para o Volta Redonda superar o Fluminense.
Outro dilema é a lateral esquerda. Por mais que Calegari mostre uma postura aguerrida, ainda pena com desafios de sobra até a adaptação ao novo setor. Fábio se tornou o salvador na partida contra o Voltaço, desdobrando-se em defesas e evitando um placar elástico.
Entre os reservas, Giovanni Manson se mostrou o mais abnegado em campo, abrindo brechas, tentando lançamentos, mesmo que de maneira afobada. Jorge se mostrou ainda aquém de disputar a titularidade, enquanto Lima foi pouco criativo. Willian Bigode e Arthur pouco agregaram à partida.
A segunda derrota consecutiva na Taça Guanabara sinaliza que o Fluminense tem muito a se ajustar. Após um início de competição promissor, o Tricolor das Laranjeiras terá de traçar o planejamento de maneira meticulosa para que não volte a sair dos trilhos de maneira tão abrupta. O trabalho será bem árduo até estar pronto para a Copa Libertadores.
Fonte: Lance